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Brasileiras vítimas de tráfico eram obrigadas a tatuar sobrenome de criminosos, revela PF

O caso só foi exposto depois que uma das vítimas fugiu e pediu socorro.

A Polícia Federal liberou alguns detalhes sobre uma investigação internacional que resultou na prisão de um grupo acusado de tráfico de mulheres com objetivo de exploração sexual. O caso só foi exposto depois que uma das vítimas fugiu e pediu socorro.

Segundo informações, mulheres brasileiras eram enviadas ao exterior e, chegando lá, eram forçadas a trabalhar com prostituição. As vítimas relatam que sofriam agressões físicas, verbais e eram abusadas pelos homens.

Tudo foi exposto depois que uma mulher brasileira, vítima do grupo criminoso, conseguiu fugir e procurou a embaixada brasileira em Minsk, capital da Bielorússia. A vítima foi acolhida e contou sobre o crime, quando teve início a investigação.

Segundo as investigações, os principais suspeitos do crime são pai e filho e os dois obrigavam as mulheres a tatuar o sobrenome deles nas costas. A tatuagem servia para “promover a marca” em sites adultos, já que as mulheres eram filmadas, e também para impedir que elas fugissem.

A investigação começou em setembro do ano passado e, em fevereiro deste ano, o “principal suspeito” foi extraditado ao Brasil. Ele está preso atualmente no Rio Grande do Sul. As autoridades não divulgaram o nome dos criminosos.

Os homens foram indiciados por lesão corporal, tortura, abuso, cárcere privado, tráfico de pessoas e redução a condição análoga a escravidão. Ainda segundo a polícia, a tática de tatuar os corpos das vítimas é “comum” entre este tipo de organização criminosa.

Via: noticias.uol.com.br