O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em encontro com lideranças evangélicas nesta terça-feira (08) no Palácio da Alvorada, em Brasília, indicou que não vê a hora de “entregar o bastão da Presidência” para viver dias de paz e poder se dedicar às atividades que mais gosta, como tomar caldo de cana e pescar, retomando os seus dias de paz após o conturbado período sob a chefia do país.
Na sequência, porém, o presidente disse que não deixará o Palácio da Alvorada com base em uma canetada. “Não vai ser uma canetada que vai me tirar daqui. Quem me tira daqui é somente Deus. Não existe um ato meu, um discurso, uma ação, uma MP fora das quatro linhas [da Constituição]”, disparou.
O encontro de Jair Bolsonaro com as lideranças religiosas foi visto por analistas políticos como uma tentativa de fortalecer os seus laços com o grupo, a fim de angariar força para as próximas eleições. Em caminho semelhante, os pré-candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Sérgio Moro (Podemos) também tentam ampliar os laços com o segmento religioso.
Pesquisa divulgada pelo Ipec no último mês de dezembro indica que Lula possui 34% das intenções de votos entre os evangélicos, ao passo que Jair Bolsonaro aparece com 33%. No mesmo mês, um levantamento feito pelo Instituto Datafolha indicou que 43% da população evangélica do Brasil considerava Lula como o melhor presidente da história, ao passo que 19% apontavam Bolsonaro como o pior.
Via: metropoles.com