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Mesma loja investigada por racismo é denunciada por constrangimento ilegal ao vender roupas em moeda australiana

Mesmo gerente é envolvido em novo suposto crime.

Mais uma vez a Polícia Civil de Fortaleza foi acionada para investigar supostos crimes cometidos na loja Zara do bairro Edson Queiroz, em Fortaleza. A unidade é a mesma denunciada por racismo há pouco mais de um mês atrás, quando uma cliente negra, por acaso delegada da polícia civil, foi impedida de entrar no estabelecimento.

Dessa vez, a denunciante é a contadora Roberta Almeida, que esteve na loja no sábado (09). Ela relata que escolheu duas peças, com os valores de 39,95 e 23,95. No entanto, ao se dirigir ao caixa, foi informada de que as peças não estavam sendo vendidas em Real.

Os valores estavam em moeda australiana, que valem cerca de R$4. Isto é, se quisesse levar as peças, teria que desembolsar o valor de cerca de R$250. A contadora se recusou a pagar o valor, tirou fotos das etiquetas e registrou Boletim de Ocorrência Eletrônico (BOE), pelo site da Polícia Civil.

Roberta relata que, no caixa, informou que pagaria os valores em R$ de acordo com o Direito do Consumidor. Neste momento, o gerente da unidade foi chamado e, segundo Roberta, foi grosseiro e exigia que ela pagasse o valor convertido em real.

O gerente foi super desrespeitoso comigo, ao ponto de chegar para mim e pedir para eu voltar ao caixa com a mercadoria, porque eu não poderia transitar na loja com a mercadoria sem aquelas travas de segurança. Ele quis dizer o quê com isso, que eu ia levar a mercadoria sem pagar?

A contadora relata ter permanecido por cerca de duas horas no interior da loja. Inclusive, em determinado momento, ela conta que se sentou entre algumas roupas e chorou de nervoso, tremendo em razão do constrangimento. Ainda segundo a contadora, seguranças da loja pediram que seguranças do shopping ficassem no local.

Após essas duas horas, já sem a presença do gerente, um outro funcionário se apresentou e processou a venda das peças nos valores de R$39,95 e R$23,95. O gerente, apontado como desrespeitoso por Roberta, é o mesmo envolvido no caso de racismo.

Via: diariodonordeste.verdesmares.com.br