A Polícia Civil do Rio Grande do Sul encerrou as investigações sobre a morte de João Alberto Silveira de Freitas, homem negro que foi espancado até a morte em uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre, capital do estado.
A conclusão da polícia foi a de que as seis pessoas, em diferentes graus de participação, tomaram atitudes que colaboraram para o resultado. Os seis foram denunciados pela morte e vão responder de acordo com cada ação.
Os dois seguranças que aparecem nas imagens agredindo João Alberto foram indiciados ao lado da fiscal, que também aparece nas imagens acompanhando toda a agressão, sem tentar interferir. Outras três pessoas também foram indiciadas: um outro segurança que aparece nas imagens mandando que João parasse de “fazer cena”, além de outros dois funcionários.
Na conclusão da polícia, não houve injúria racial na ação, mas o relatório aponta que houve racismo estrutural por trás da ação dos funcionários. O racismo estrutural foi considerado um dos motivos, que para a polícia se classificou como “motivo torpe”, um agravante.
Todas seis pessoas foram indiciadas pelo crime de homicídio triplamente qualificado, em que os agravantes são considerados a partir da condição da morte: motivo torpe, asfixia e por João Alberto não ter tido a chance de se defender.
O caso mobilizou a Polícia Civil da capital, que ouviu 40 pessoas na investigação. O resultado do inquérito foi apresentado através de entrevista coletiva na manhã de hoje.
Via: noticias.uol.com.br