Proposta da Universidade de Brasília reduz custo em 80% de tratamento contra ‘superfungo’, que atualmente custa R$ 40 mil

Há poucos dias, a Anvisa emitiu alerta depois da confirmação do primeiro caso de “superfungo” no Brasil. O caso foi confirmado na Bahia, em uma unidade de saúde privada. O fungo foi encontrado pelo paciente, que está infectado também pela Covid-19.

O alerta é grave porque este “superfungo” é resistente aos medicamentos conhecidos e o tratamento atual custa cerca de R$ 40 mil, baseado em medicamentos importados. O custo de tratamento, portanto, é caríssimo e assusta em um possível surto.

Uma solução pode ter sido descoberta por docentes da Universidade de Brasília, que propuseram uma opção que reduz em 80% os custos. A fórmula poderia ser produzida no Brasil e o custo final girando em torno de R$ 8 mil.

O estudo também parece promissor devido ao alcance da nova fórmula. Os pesquisadores acreditam que o tratamento seja eficaz não só contra a Candida auris, o “superfungo”, como também contra outras condições como meningite e a criptococose.

A dificuldade para a conclusão do estudo, afirmam os pesquisadores, é a falta de recurso. Marcelo Rodrigues, um dos cientistas, explica que a pesquisa não gera interesse da indústria farmacêutica e colhe a falta de recurso público.

Para o pesquisador, o fato de serem doenças que atingem, principalmente, a população menos abastada, gera desinteresse. “É um medicamento para tratar doenças negligenciadas“, explica. O estudo vem sendo desenvolvido desde 2013, que tem a Anfotericina B como base do medicamento.

Via: g1.globo.com