Covid-19: ‘Teremos o março mais triste de nossas vidas’, afirma médica da Fiocruz

Especialistas em saúde afirmam que o Brasil está vivendo o pior momento da pandemia da Covid-19, há cerca de um ano o primeiro caso do novo coronavírus era diagnosticado no país e infelizmente já são mais de 250 mil mortos pela doença.

Neste início do mês de março, vários municípios brasileiros, estão sem leitos de enfermaria e UTI disponíveis, não há mais vagas e a cada dia mais pessoas doentes chegam precisando de ajuda que não encontram.

Dados repassados por secretarias estaduais de saúde, 17 estados estão com a ocupação em hospitais acima de 80%, o que é considerado bastante crítico.

Em oito estados a taxa de ocupação chega a 90% e no Rio Grande do Sul chegou a ter 100% dos leitos ocupados.

De acordo com a pneumologista Margareth Dalcolmo, professora e pesquisadora da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), localizada no Rio de Janeiro, disse em entrevista à BBC News Brasil que o Brasil está em um momento muito grave e que tal situação não é surpresa para os profissionais de saúde já que as medidas sanitárias para contenção da pandemia não foram tomadas de maneira eficiente pelo poder público.

Margareth também afirmou que neste momento tão crítico não vê solidariedade dos cidadãos e autoridades políticas em relação a este momento, quem faz e incentiva aglomerações não tem senso cívico.

Segundo a pneumologista é preciso que medidas mais drásticas sejam tomadas pra evitar a circulação de pessoas e assim diminuir a taxa de transmissão, principalmente para que o indivíduo possa se proteger contra as variantes.

A profissional afirmou que este será o mês de março mais triste de nossas vidas, o sistema de saúde está perto de colapsar, ainda segundo Margareth este é o resultado da falta de isolamento social no carnaval e a insistência de não seguir o que a ciência diz, como o que ouviu nos últimos dias de uma autoridade que não é preciso usar máscaras.

O atraso na compra de vacinas, seringas e a falta de uma estratégia para uma vacinação em massa pode fazer com que surjam mais variante e fazendo com que a pandemia se prolongue, provocando mais mortes. Margareth reafirmou que se a sociedade não começar a se comportar da maneira certa diante da pandemia, teremos uma realidade terrível, semelhantes aos filmes de terror.

 

Via: noticias.uol.com.br