A violência doméstica é um problema real e que ameaça a vida de milhões de mulheres, crianças e idosos todos os dias – sendo esses os principais públicos atingidos. Mas, felizmente, a cada dia que passa, caminhamos em direção a uma realidade com mais consciência e mais mecanismos de defesa para esses grupos.
De algum tempo para cá, casos de mulheres pedindo socorro através de pedidos de pizza, por exemplo, tem aumentado. Nas centrais de atendimento telefônico, militares já estão cientes de que esse tipo de caso nem sempre é trote.
Foi exatamente esse o caso de uma mulher em Niquelândia, no norte de Goiás. Uma mulher, cujo a identidade não foi revelada, ligou para o Corpo de Bombeiros e pediu uma pizza. Do outro lado, o pedido de socorro foi entendido, com alguma dificuldade, após o atendente ouvir um choro de criança e diante da insistência da vítima.
Os bombeiros deslocaram uma viatura ao local, mas o homem já havia fugido. A mulher recebeu atendimento e foi levada ao hospital. Não se sabe se ela prosseguiu com denúncia contra o marido.
Segundo os bombeiros, a vítima estava bastante abalada e com hematomas pelo corpo e na cabeça. Para a corporação, a mulher relatou muito medo de morrer nas mãos do marido. A mulher, ainda segundo os bombeiros, apresentava estado de choque.
Como o socorro foi prestado pelos bombeiros, os militares encaminharam a mulher à delegacia civil para o registro da ocorrência. Segundo o tenente Moreira, da 6ª Companhia Independente Bombeiro Militar, o caso demonstra a necessidade de atenção dos atendentes.
Foi a primeira vez que um código foi usado dessa forma, pois os casos de violência doméstica não são retratados de forma direta, devido muitas vezes à presença do agressor. São sinais sutis que o atendente tem que perceber.
Via: g1.globo.com